O livro inicia falando que esse mundo livre do amor se torna mais organizado, não há mais criminalidade, pois tiraram o amor e o ódio. Só que ninguém mais se ama, nem pais e filhos, nem amigos, ninguém... Aos 18 anos, as pessoas são "pareadas" de acordo com as afinidades que os computadores escolhem. Nada de alma gêmea, nada do temido primeiro encontro, nada de medo de perder a pessoa amada.
É um livro bom pra se viajar na história e torcer pela mocinha que, claro, se apaixona antes de passar pelo procedimento. Não digo mais do livro, para não tirar a graça de quem se dispuser a lê-lo.
De qualquer forma, não dá pra tirar o amor do mundo, pois é o que nos move. Estou falando aqui de todo o tipo de amor: entre pais e filhos, entre amigos, entre familiares, entre casais, até mesmo o amor ao trabalho, por que não?
Mas amar é difícil mesmo. Dói, frustra, esmaga o coração, dá medo, dá saudade, dá ansiedade, não é correspondido sempre, é correspondido em graus diferentes, é amargo, é doce, é louco, é contido, é equilibrado, é disfuncional...
A vida também não é assim? Não tem como fazer planos milimétricos para sua vida. Vem uma variável e lá se vai tudo para o espaço.
Queria um amor descomplicado, desses que não aparecem nos filmes românticos. Que dê tudo certo desde o princípio, que haja respeito, que não precise ficar olhando se o telefone está funcionando porque ele toca sempre, que não precise de medo, que tenha equilíbrio, que seja sincero, que venha repleto de certezas e que, acima de tudo, seja fácil e tranquilo.
Existe esse amor? Onde ele estará? Abro o coração para esse amor, pelo simples fato de não querer mais nada complicado.
De complicado, já basta viver... E que seja eterno, qualidade que o amor pode dar à vida...
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