domingo, 29 de maio de 2011

Tenho que esquecer o quê, mesmo?

Como seria nossa vida se nos lembrássemos absolutamente de tudo? Quando eu digo "tudo", inclui aquele almoço em 1981, a roupa com ombreiras de 1984, o chá de cozinha daquela vizinha em 1990... Enfim, dados absolutamente desnecessários da sua vida...

Fiquei imaginando o quanto isso iria influenciar no meu dia de hoje, o quanto essas recordações atrapalhariam nas minhas escolhas, porque teria que me lembrar de cada situação parecida, avaliá-la e chegar a um veredito. Será que eu seria a mesma pessoa hoje em dia?

Foi com perfeição que Deus nos deu o dom do esquecimento. Só lembramos do que é relevante, das situações tristes e das alegres (para aprendermos e para nos motivarmos, respectivamente). Tudo bem, às vezes escapa uma "eguinha pocotó, pocotó, pocotó" que fica na nossa memória inutilmente, mas as coisas importantes permanecem, outras simplesmente são "deletadas" e sem aquele aviso "Tem certeza de que deseja enviar essa situação patética e sem importância para a lixeira da sua memória"?

Esquecendo é que podemos nos lembrar do que realmente importa...

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