A página em branco pode ser um tormento ou um chamado...
Muitas vezes, as palavras não aparecem... E tudo de propósito: basta ter um prazo se esgotando, um assunto urgente, algo inadiável. Elas somem, não querem saber de nós.
Mas às vezes elas chegam aflitas, te cutucam até você não aguentar mais e correr para o teclado ou pegar a velha e boa dupla caderno-caneta.
Tantas coisas que eu ainda tenho para escrever, mas hoje as palavras não chegam. O mundo grita por atenção: a pessoa querida, o toque do telefone, o livro em cima da cabeceira... Aí não tem jeito. Vou fingir que não queria mesmo que elas se aproximassem, que eu choro desesperada pela inspiração que não vem, que eu nem ligo para essa setinha que pula na página em branco.
Hoje ficamos assim: sem palavras, mas muitos suspiros por elas...
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