segunda-feira, 23 de maio de 2011

Nossa língua perdida...

Tenho visto erros horrorosos em livros, revistas e publicações. Isso tem me deixado assustada. Se em um livro, que passa pela mão do autor, do tradutor (dependendo do caso), do revisor e de tantas pessoas na editora, deixam passar erros, que dirá no cotidiano?!

Juro que encontrei a seguinte pérola em um livro da editora Sextante: "É óbvio que os pais que maltratam mal os filhos"... (Em "Velho muito cedo, sábio muito tarde", pág 117). Nunca vi ninguém maltratar bem, pra justificar esse horrível pleonasmo!

Aí leio a história do livro didático de Português, que diz ser válido usar "dois real" ou "nós vai". Acho importante que as crianças respeitem quem fala assim, por não terem tido oportunidade de estudar e aprender o modo correto da língua portuguesa. Mas daí a colocar em um livro e apontar como algo que é válido e que pode ser usado, é um passo grande... E, na minha opinião, pra trás! Esse tipo de linguagem a gente vê o tempo inteiro nas ruas, na TV... Mas isso não quer dizer que deva ser legitimado em um livro de Português didático que, como princípio, tem por finalidade ensinar a língua culta.

O livro apresenta frases erradas e explicações para cada uma delas: “Você pode estar se perguntando: ‘Mas eu posso falar ‘os livro’? Claro que pode. Mas fique atento, porque, dependendo da situação, você corre o risco de ser vítima de preconceito linguístico”, diz um dos trechos.

Claro que pode?? Não, você vai aprender agora que as palavras devem concordar: Singular com singular, plural com plural. Se é mais de um livro, você pode e DEVE falar "OS livroS".

Isso me assusta. Em livros, na rua, na TV, na Internet... Onde iremos então encontrar alguém que fale e escreva o Português corretamente?

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